Comissão de Representação se reúne com usuários do transporte metropolitano

Os vereadores que formam a Comissão de Representação com a finalidade de apurar as denúncias no transporte metropolitano, em especial entre Indaiatuba e Campinas, e apresentar sugestões objetivando as devidas melhorias, realizaram a primeira reunião na tarde de ontem, dia 12 março.

Tendo como presidente o vereador Luiz Carlos Chiaparine, a Comissão também é composta pelos vereadores Luiz Alberto ‘Cebolinha’ Pereira, Fábio Marmo Conte, Osmar Bastos e Hélio Ribeiro. “Essa Comissão de Representação é muito semelhante do que foi feito com os Correios, CPFL e Telefônica no ano passado, porque são empresas de concessão pública, são empresas que por contrato, licitação, adquirem o direito de explorar um serviço público, então cabe ao poder público, e não só à prefeitura, como também aos conselhos, ao ministério público, fiscalizar essas empresas para ver se os serviços prestados estão de acordo com o que a gente espera. E também cabe a nós chamar as empresas que prestam serviço aqui para que elas falem porque o serviço está daquele jeito, se é possível melhorar, , e assim gente vai reivindicando essas melhorias”, explica Dr. Chiaparine.

Foram convidados para participar da reunião os usuários do transporte público metropolitano Sebastião Pereira de Carvalho e Marli Toyama, assim como o Diretor Municipal de Transportes, Silvio Roberto Lima.

Os usuários do transporte metropolitano organizaram um abaixo-assinado com aproximadamente 400 assinaturas solicitando providências em relação às irregularidades na Linha 600 (Indaiatuba-Campinas e Campinas-Indaiatuba), destacando questões como superlotação, ônibus quebrando constantemente e em vários horários, atrasos constantes nos horários, ônibus circulando sem condições de uso e mudança de itinerário pelos motoristas. “Eu trabalho há 23 anos em Campinas e viajo há 26 anos. Essa questão hoje da lotação é o fator menos negativo, tudo bem que tem essa questão técnica do espaço. Hoje a nossa briga é para ter ônibus. O que a gente percebe é que é uma frota sucateada, as quebras são constantes, os horários não são cumpridos e os fatores se inter-relacionam. Quebra de ônibus leva ao atraso que leva à superlotação, e tem a questão de segurança, o ar-condicionado não funciona, é muito comum, passo por isso várias vezes, não tem ventilação porque as janelas são seladas, quando o ônibus está muito pesado eles desligam o ar-condicionado e não tem janela pra abrir”, relata Sebastião.

O diretor de transportes, Silvio Roberto Lima esclarece que, ao receber a documentação fornecida pelos usuários de transporte metropolitano, procurou representantes da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP). “Pedi que eles fizessem alguns acompanhamentos nos terminais, quando se formam aquelas grandes filas, o acompanhamento operacional no interior do veículo e para fazer um relatório visual do acompanhamento. Há um entendimento meio que equivocado com relação ao ônibus urbano e ônibus rodoviário. O ônibus rodoviário, que é aquele só sentado, não pode ir ninguém em pé. O ônibus urbano permite a lotação sentado e em pé. Por exemplo, nesse tipo de ônibus que se utiliza aqui, é o padrão convencional, que caberia na lotação máxima até 86 pessoas, entre sentados e em pé”, ressalta Silvio.

Os trabalhos da Comissão de Representação devem durar 60 dias. Nesse período também deverão ser ouvidos representantes da empresa que opera as linhas metropolitanas, da EMTU, entre outros.

Foto: Giuliano Miranda-ACS/CMI
Texto: Heloisa Pinhatelli da Silva Santaliestra-ACS/CMI