Vereadores participam de negociação que resulta no fim da greve

ImagensO presidente da Câmara, Dr. Luiz Carlos Chiaparine, e os vereadores Luiz Alberto ‘Cebolinha’ Pereira, Carlos Alberto Rezende Lopes, o ‘Linho’, Hélio Ribeiro, Adalto Missas de Oliveira e Fábio Conte participaram na última terça-feira, dia 15 de junho, da reunião que resultou no final da greve dos servidores públicos municipais. As negociações tiveram início às 8h e foram concluídas às 15h. “Foi uma reunião muito decente, marcada pelo padre Xico [Francisco Cabral de Vasconcelos] e pelo pastor Gerson [Gerson Antonio Urban]. Estiveram presentes o prefeito Reinaldo Nogueira, o pessoal do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Indaiatuba, da Apeoesp e os vereadores. Foi uma reunião muito civilizada, muito tranqüila, muito aberta, e que realmente imperou o diálogo, a negociação. Eu acho que o acordo final contemplou ambas as partes. Os funcionários retomaram aos postos de trabalho na quarta-feira (16), voltando à normalidade o atendimento oferecido à população. Acho que a Câmara fez o seu papel, dentro do que era possível, não fugimos da nossa responsabilidade, conversamos bastante com o pessoal do sindicato e conseguimos intermediar as negociações”, avalia Dr. Chiaparine.

A reunião aconteceu no Gabinete do prefeito Reinaldo Nogueira, que propôs o pagamento de um abono salarial no valor mínimo de R$ 50, que passa a valer a partir de julho e será pago até que o projeto de reestruturação de cargos e salários seja concluído e entre em vigor. A proposta da Administração Municipal também substitui a cesta básica paga em espécie pelo cartão alimentação que será reajustado para R$ 100 já a partir do mês de junho. Hoje, a maior parte dos servidores que têm direito ao benefício já recebe o cartão, cujo valor é de R$ 60.

Quanto à reestruturação, Reinaldo Nogueira garantiu aos sindicalistas que ela entrará em vigor a partir de 1º de outubro, terá o piso salarial estabelecido em R$ 730 e data base em fevereiro. Outra concessão anunciada pelo prefeito durante a reunião do dia 15 de junho se refere aos dias de paralisação que não serão descontados desde que os servidores façam a reposição dos mesmos de acordo com os critérios estabelecidos pelas secretarias.

“Foi uma reunião na qual todos colaboraram, onde a vontade de entendimento era maior, e contou com uma participação construtiva de todos. Era a vontade do sindicato, da Câmara e do prefeito Reinaldo Nogueira chegar num entendimento, objetivo este que conseguimos atingir. Durante este período em que os funcionários entraram em greve tivemos momentos tensos, pois há limites naquilo que o vereador pode fazer. Porém, o que o sindicato pedia era que um canal de diálogo fosse aberto, e participamos deste processo da melhor maneira possível. Éramos como o algodão em meio aos cristais. Nós vereadores exercemos nossa função nas negociações e participamos de maneira construtiva, que culminou no acordo efetuado na última terça-feira (15), encerrando assim a greve dos servidores públicos municipais” pondera ‘Cebolinha’.

Para ‘Linho’ a reunião foi decisiva para formular uma proposta que contemplasse as aspirações dos funcionários e as limitações da prefeitura. “Eu estava lá como vereador e como representante legal da Apeoesp. Basicamente eu formulei as bases da proposta, as premissas, e o prefeito colocou os números que ele entendia que a prefeitura poderia chegar. A partir daí nós construímos uma proposta de consenso, os dois sindicatos, a Apeoesp, o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais, e também a Prefeitura Municipal. Podemos dizer que essa proposta foi construída por várias mãos. A participação da Câmara foi fundamental, mais notadamente a participação do vereador Cebolinha, líder do prefeito, do presidente da Câmara, vereador Chiaparine, e minha também. O prefeito levou muito em conta a disposição do legislativo em participar desta negociação. E o legislativo soube também mostrar ao prefeito que ele, legislativo, também sofria a pressão para que a situação se normalizasse. Outros vereadores também exerceram uma participação mais discreta, um acompanhamento dos trabalhos. Eu posso dizer que nós vereadores cumprimos nosso papel”.

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Texto: Heloisa Pinhatelli da Silva-ACS/CMI