Representantes dos Correios e Sindicato se reúnem com vereadores

ImagensOs vereadores membros da Comissão de Representação para apurar questões relativas aos Correios se reuniram no dia 14 de abril com representantes da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) para apurar os principais problemas pelos quais a população passa devido aos atrasos nas entregas de correspondências. A Comissão é presidida pelo vereador Fábio Marmo Conte e tem como relator o vereador Carlos Alberto Rezende Lopes, o Linho.

Estiveram presentes na reunião Valter Bissaco – gerente regional das atividades externas dos Correios; Everaldo Bastos Santos – gerente regional de planejamento e qualidade dos Correios; e Walter Donizetti Ostrochi – gerente regional de distribuição dos Correios.

Fábio Conte explica que os vereadores têm recebido muitas queixas sobre o serviço prestado pelos Correios desde o final de 2010, e toda a população é prejudicada devido o atraso da entrega das correspondências. Valter Bissaco alega que o problema é em nível nacional, e não somente na cidade de Indaiatuba, e que existem providências a serem tomadas para as melhorias nos serviços dos Correios. “Estamos cientes dos atrasos, acompanhado diariamente, tentamos aumentar a mão-de-obra dentro do que é possível, para poder atender a população sem que haja prejuízo de investimento. A falta de mão-de-obra em função da não realização de um concurso público nos obrigou a buscar mão-de-obra temporária. E como empresa pública, nós temos que lançar mão das licitações, e algumas empresas que ganharam licitação não conseguiram honrar os compromissos”, explica.

Sobre a realização de um concurso público, Bissaco acredita que será possível contemplar todas as vagas em aberto, mas até lá uma nova licitação para contratação de temporários deve ser feita. “A prova do concurso público deve ser agora no começo de maio para que em julho a gente consiga suprir todas as vagas, inclusive fazendo expansão de entrega, que é para atender os novos bairros. Até lá nós temos que entregar as correspondências, então teremos uma nova licitação, nós temos previsão para que até o dia 15 de maio tenhamos condições de contratar mão de obra temporária”.

Com relação à quantidade de funcionários que virão para Indaiatuba, o gerente regional disse aos vereadores que é feito um levantamento técnico para apurar a necessidade local. “Indaiatuba já tem esse levantamento, mas um novo cálculo será feito devido à expansão da cidade. Hoje o déficit é de 11 para entregar as correspondências nos bairros que temos atualmente”.

Sindicato
Na segunda-feira, dia 18 de abril, os vereadores membros da Comissão ouviram o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similares da Região de Campinas, Charles Rodolfo Wulk, que passou aos vereadores informações sobre a situação em que os carteiros trabalham atualmente, tanto que a principal reivindicação da assembléia para votar o estado de greve, que aconteceu na terça-feira, dia 19, é a melhoria nas condições de trabalho. Uma nova assembléia será realizada no dia 26 de abril, quando será decidido se a greve será efetivamente declarada. Se aprovado, os carteiros paralisam os trabalhos já no dia seguinte. O diretor do sindicado explica que também está sendo reivindicada a participação nos lucros da empresa.

Wulk conta que os problemas começaram em 2008, quando ocorreram demissões. “Na época deixou-se de investir muito na empresa, sem realizar concursos públicos, e a contratação de mão-de-obra temporária é uma medida paliativa. Em muitos casos as empresas que venciam as licitações não davam conta de pagar os funcionários. O Sindicato alertou a empresa várias vezes, mas nunca obteve respostas eficientes”.

O diretor do Sindicato diz que a situação foi se agravando de tal maneira, que hoje em dia está suspenso na cidade os serviços de Sedex 10 e Sedex Hoje, em virtude da falta de funcionários para as entregas. “Para ficar tranqüilo, deixar a cidade em ordem, dar conta de todos os atendimentos, precisamos de mais 20 carteiros. Não sei como está a situação nas agências, se faltam funcionários nelas, mas sei que estão sobrecarregados também”.

Foto: Giuliano Miranda-ACS/CMI
Texto: Heloisa Pinhatelli da Silva-ACS/CMI