Comissão se reúne com gerentes da EMTU e VB Transportes

A Comissão de Representação criada para apurar denúncias no transporte metropolitano, em especial entre Indaiatuba e Campinas, esteve reunida na última segunda-feira, dia 19 de março. Os vereadores que formam a Comissão – Dr. Luiz Carlos Chiaparine, Luiz Alberto ‘Cebolinha’ Pereira, Fábio Conte, Osmar Bastos e Hélio Ribeiro – receberam o gerente regional da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/Campinas), Edson Thomaz Zilião, e os gerentes da VB Transporte e Turismo Gerson Rossi e Antonio Donizeti Turchette. Também participaram da reunião o Diretor Municipal de Transportes, Silvio Roberto Lima, e o assessor Fabiano Sordilli.

Foram apresentadas as principais reclamações dos usuários do transporte coletivo metropolitano, como poucos ônibus, com quebras constantes, horários não cumpridos, superlotação, falta de ventilação em virtude as janelas lacradas e do ar-condicionado que não funciona e pontos inadequados para embarque em Campinas.

O gerente a EMTU esclareceu que ainda neste mês será publicado um edital de licitação para concessão de operação das linhas na Região Metropolitana de Campinas, sendo que uma única empresa irá atuar nas 19 cidades. Entre os requisitos que irão constar no edital há fatores como idade média de frota e condição de garagem, e a empresa vencedora terá muito mais obrigações do atualmente. Também informou que a EMTU possui 35 fiscais e que no ano de 2011 foram realizados 390 acompanhamentos, e 90 neste ano. “Nós temos como ferramenta a inspeção veicular, uma periodicidade cíclica, então esses carros passam pelo menos uma vez por ano pela inspeção periódica, são revisados mais de 300 itens, com foco para segurança. A segunda ferramenta que nós temos são as fiscalizações, abrange os 19 municípios. Se o carro apresenta um problema sério de segurança temos a prerrogativa de tirar de circulação. Avaliamos as condições de lotação do carro e principalmente do controle de horário”.

Gerson Rossi, gerente da VB, relatou aos vereadores que a empresa opera na RMC com 58 veículos, sendo que 53 rodam e cinco são de reserva. São 9.800 passageiros por dia útil que viajam nas linhas entre Indaiatuba e Campinas, sendo que 60% estão nos horários de pico. “Uma característica desses carros de Indaiatuba é que a porta de desembarque é na metade do ônibus, as poltronas são tipo rodoviária, um pouco mais largas que o ônibus convencional, o corredor é mais estreito, então o que acontece, você vê o carro cheio na frente. Atrás do carro, depois da porta de desembarque, você vê os espaços vazios”, explica.

Sobre os problemas das constantes quebras dos ônibus, Rossi reconhece que a principal causa está ligada ao ar-condicionado, pois quando quebra o ônibus completa a viagem mas deve ser substituído na sequência, o que origina os atrasos. Porém trocar as janelas seladas desses ônibus para ter mais ventilação é inviável, segundo Rossi. “A população daqui está acostumada a ir no ar-condicionado. Por isso vamos propor de colocar experimentalmente dois carros sem ar-condiconado entre os que fazem essa linha, para ver se há aceitação dos passageiros”, informa.

A Comissão de Representação irá se reunir novamente no dia 2 de abril.

Foto: Giuliano Miranda-ACS/CMI
Texto: Heloisa Pinhatelli da Silva Santaliestra-ACS/CMI