Linho estranha a recusa da Prefeitura de Indaiatuba por bolsas de ensino oferecidas por faculdade para alunos de baixa renda

066.jpgAo todo seriam 76 bolsas de ensino para o período noturno nas áreas de Ciência da Computação, Pedagogia e Letras com Habilitação para Língua Portuguesa e Inglês; Câmara é 2ª opção

A Prefeitura de Indaiatuba se recusou a receber 76 bolsas de estudos para cursos superiores no período noturno, com 50% de desconto, oferecidas pela Faculdade Anhanguera, que seriam destinadas preferencialmente para funcionários públicos ou para a população de menor renda do Município. Ao todo seriam: 31 bolsas para o Curso de Ciência da Computação; 33 para Letras, com Habilitação para Língua Portuguesa e Inglês; e 12 para Pedagogia. A Secretaria Municipal de Educação teria até o dia 14 de março para manifestar seu interesse no benefício à faculdade que fez a oferta.

Como isso não foi feito, a Diretoria da instituição, Unidade Indaiatuba, confirmou a recusa da Prefeitura, informando que a segunda opção da instituição seria “oferecer as bolsas à Câmara Municipal da cidade”. Neste caso, o critério seria que a Casa de Leis fizesse o recrutamento e a indicação dos alunos a serem beneficiados, que seriam escolhidos por meio de concurso específico. Entretanto, embora seja reconhecido o esforço da faculdade, a Câmara não poderia aceitar essa proposta. “Não há amparo legal para isso, pois não é atribuição do Poder Legislativo selecionar alunos para receber o benefício”, explica o vereador Carlos Alberto Rezende Lopes, o Linho (PT).

O vereador Linho ressalta que é no mínimo estranha a recusa de bolsas de ensino pela Prefeitura, levando em consideração a dificuldade de acesso aos cursos superiores por alunos de baixa renda e a escassez de recursos públicos para atender plenamente demanda na área da Educação nesse nível de ensino. “Somente a Prefeitura poderia fazer a seleção de alunos para receber o benefício, mas se recusou, prejudicando-os. Enquanto isso, ela permite a ocupação de prédio público por outra faculdade, beneficiando empresa particular. De que lado está o Poder Público Municipal?”, questiona.

Foto: Giuliano Miranda/ACS-CMI
Texto: Da assessoria do vereador