Indicação de Maurício Baroni quer tornar Indaiatuba ‘Cidade Amiga da Amazônia’

ImagensProjeto vai exigir da Administração Pública uma série de ações que visam o consumido consciente e legal da madeira

Não adianta se enganar: o problema do desmatamento na Amazônia é um problema de todos. Ao menos é essa a ideia do vereador Maurício Baroni que, através de uma indicação feita na Câmara de Indaiatuba vai colocar o município no projeto “Cidade Amiga da Amazônia”.

Por ano, 17 milhões de metros cúbicos de árvores (cerca de 17 milhões de exemplares de diversas espécies) são retirados da região da Floresta Amazônica. No estado de São Paulo, que consome 15% do total vindo da Amazônia, a perda durante o beneficiamento chega a um milhão de toras.

“Estima-se que 80% da extração de madeira na Amazônia seja ilegal; nossa intenção é integrar Indaiatuba numa rede de proteção, estimulando o governo municipal, empresas e nossos consumidores a adotarem um padrão responsável de consumo de madeira”, conta Baroni.

“O fato é que nós somos co-responsáveis pela destruição da floresta e também vem de todos nós parte da solução; empresários e consumidores, principalmente da construção civil e das indústrias moveleiras agora podem participar dessa rede do bem fazendo a sua parte como consumidor consciente”, diz.

Como Funciona
Segundo Baroni, para tornar-se uma ‘Cidade Amiga da Amazônia’, a Prefeitura de Indaiatuba deverá:

1) Proibir a compra de mogno (swietenia macrophylla king) pela administração pública. O mogno é uma espécie ameaçada cuja exploração abre caminho para que os madeireiros adentrem áreas intactas de floresta. A exceção fica por conta de produtos de mogno certificados pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC).

2) Exigir que as empresas que participarem de processos municipais de licitação apresentem provas da legalidade da cadeia produtiva da madeira, exigindo que os produtos madeireiros tenham origem em planos de manejo florestal sustentável aprovados pelo IBAMA e e garantindo que seus fornecedores estão de acordo com as legislações ambiental e trabalhista vigentes no Brasil e assim evitando a compra da madeira de origem ilegal.

3) Dar preferência à madeira proveniente de manejo florestal sustentável, privilegiando fornecedores que já estejam certificados pelo FSC. Ao comprar de fornecedores certificados, a qualidade ambiental e social do produto está garantida.

4) Orientar empreiteiras encarregadas de obras públicas a substituir o uso de fôrmas e andaimes e outros utensílios descartáveis feitos de madeira amazônica, por outras alternativas reutilizáveis disponíveis no mercado.

Missão
“Cumprindo essas metas, Indaiatuba terá a honra de receber o diploma ‘Cidade Amiga da Amazônia’, formalizando a participação do município na rede mundial de administrações locais que lutam pela defesa das florestas primárias do Planeta”, diz Baroni.

Só para se ter uma ideia, órgãos internacionais fazem parte desta corrente: são mais de 300 cidades na Comunidade Europeia participam ativamente da defesa da floresta e trocam informações para melhorar a qualidade ambiental das compras públicas. “Nada mais justo do que cada Município brasileiro fazer a sua parte”, defende Baroni.

Foto: Giuliano Miranda/ACS-CMI
Texto: Da assessoria do vereador